terça-feira, 19 de abril de 2011

Finalmente

Eu e Clarice andamos na contramão
Ao sabor do vento em nossos cabelos
Andamos em linha reta
Mas esperamos a próxima curva

Em um dia desses,
cansada de andar em linha reta e
avistada a curva próxima, entrei
nela e me deparei com você

Estava de mãos dadas com outra
Tudo tão estranho
Um nó em minha garganta se formou

Mas não podia fazer nada
A não ser voltar para a linha reta
com Clarice e esperar que você esteja
livre na próxima curva.

sábado, 16 de abril de 2011

O Romântico e o Ardente

Eu sempre caminhei entre o Romântico e o Ardente
Linha tênue que os separa
Sempre buscando o equilíbrio em minha alma
Só para descobrir que não existe equilíbrio entre o Gelo e o Fogo.

Caminho como quem se equilibra no circo
No espetáculo do fio que treme e
quase caio
Plateia olhando admirada meu equilíbrio

Quando, na verdade, não imaginam o quanto é difícil
Mantê-lo firme
e segurar o guarda-chuva para equilibrar

Por vezes me entrego ao Ardente para depois
Me entregar, com arrependimento do primeiro, ao Romântico.
Só para descobrir, mais tarde, que não há equilíbrio em nada.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Amizade

Prédio de concreto
Como testemunha
da nossa amizade

Um livro que causa discussão
Sentados na arena
Discutindo uma solução

Risadas no ônibus
Memórias de paixões malucas e
inacabadas e outras nem começadas

Amizades que duram
Vento no rosto e
Tudo é tão simples
com o prédio de concreto ao fundo.