terça-feira, 19 de abril de 2011

Finalmente

Eu e Clarice andamos na contramão
Ao sabor do vento em nossos cabelos
Andamos em linha reta
Mas esperamos a próxima curva

Em um dia desses,
cansada de andar em linha reta e
avistada a curva próxima, entrei
nela e me deparei com você

Estava de mãos dadas com outra
Tudo tão estranho
Um nó em minha garganta se formou

Mas não podia fazer nada
A não ser voltar para a linha reta
com Clarice e esperar que você esteja
livre na próxima curva.

Um comentário:

  1. Amo o jeito que você escreve!
    Simples, gostoso... parece até cantado. É gostoso de ler. Adorei a sua metáfora também. A vida é a nossa pista, avenida, nossa cidade.

    E hey, Clarice aí é a Lispector? xD

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